Há dias em que a alma da gente aperta. Em que o peito se enche não de ar, mas de indignação. O mundo parece estar perdendo o senso do que é humano, do que é ético, do que é mínimo. Hoje, como cidadã, como mulher, como cristã, como mãe, como ser humano, não posso me calar diante de um ato que ultrapassa qualquer limite de razoabilidade: a intimação de um ex-presidente da República no leito de uma UTI.
Independentemente de ideologias, partidos ou posições políticas, existe algo que deve ser maior do que tudo isso: a dignidade humana.
Sim, falo de Jair Bolsonaro, que pode ser amado por muitos, criticado por tantos outros — mas naquele momento, era apenas um homem doente, vulnerável, entubado, internado. E ali, foi tratado como um criminoso, não como um paciente. Como se a dor não merecesse pausa. Como se a condição de ser humano pudesse ser suspensa por uma ideologia ou por um inquérito.
Isso não é justiça. Isso é crueldade.
É triste perceber que a empatia parece ter se tornado seletiva. Que o amor ao próximo passou a depender do CPF, do voto, do histórico. Que a compaixão virou luxo para poucos.
E me pergunto:
A que ponto chegamos como sociedade?
Onde foi parar a ética, a sensibilidade, o senso do que é certo ou minimamente humano?
Em que momento banalizamos tanto o sofrimento alheio?
Se permitimos que alguém, seja quem for, seja exposto, pressionado ou humilhado em um momento de fragilidade extrema, o que nos resta de humanidade?
Essa não é uma defesa política. É uma defesa da essência do que nos faz humanos: o respeito. O amor. A compaixão.
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Que amanhã, quando a vida nos colocar de frente com nossas próprias dores, não sejamos tratados com a frieza com que estamos tratando o outro.
Porque a roda gira.
E o que fazemos hoje ao outro, o tempo devolve.
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