Pesquisa divulgada nesta 4ª feira (02.jul.2025) pela Genial/Quaest mostra que 46% dos deputados federais avaliam negativamente o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O levantamento, que entrevistou presencialmente 203 congressistas (40% do total da Câmara), indica também que 57% dos deputados consideram baixas as chances de aprovação das agendas governamentais no Congresso.
A avaliação negativa de 46% representa o pior índice desde o início do atual mandato presidencial. Apenas 27% dos deputados têm visão positiva da administração federal, o menor percentual registrado até o momento. Eis a íntegra (PDF – 18MB).
O estudo revela uma mudança na percepção dos deputados em comparação com a pesquisa anterior. Em maio de 2024, havia equilíbrio quanto às possibilidades de aprovação das propostas do governo: 47% dos congressistas viam chances altas e outros 47% as consideravam baixas. Na atual medição, 57% acreditam que as chances são baixas, enquanto 36% as consideram altas.
A relação entre o governo Lula e o Congresso também piorou na avaliação dos deputados, com o índice negativo subindo de 47% para 51%. Entre os deputados que se declaram independentes, esse percentual aumentou 20 pontos, passando de 45% para 65%. No grupo que se identifica como de centro, o aumento foi de 38% para 49%.
Sobre as eleições presidenciais, 68% dos entrevistados acreditam que Lula disputará a reeleição em 2026, número inferior aos 73% registrados anteriormente. Metade dos deputados (50%) aposta que o próximo presidente virá da oposição, contra 43% que tinham essa opinião em 2024. Entre os independentes, a expectativa de vitória oposicionista cresceu de 53% para 62%.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, é visto por 49% dos congressistas como o principal nome da oposição para a disputa presidencial, um crescimento em relação aos 39% do ano passado.
A pesquisa avaliou também a percepção sobre a presidência da Câmara. Hugo Motta (Republicanos-PB) recebeu aprovação de 68% dos deputados, enquanto 25% consideram sua gestão regular. Apenas 6% classificaram seu trabalho como negativo e 1% não respondeu.
O levantamento foi realizado em Brasília entre 7 de maio e 30 de junho de 2025, com margem de erro de 4,5 pontos percentuais.
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