Bebê vítima de incêndio em Patos recebe alta da UTI e segue tratamento na enfermaria do Hospital de Trauma

O Hospital de Emergência e Trauma Dom Luiz Gonzaga Fernandes, em Campina Grande, informou, na tarde deste domingo (15), que o bebê de 1 ano e 7 meses, vítima de queimaduras após um incêndio na cidade de Patos, no Sertão da Paraíba, recebeu alta da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Pediátrica e foi transferido para a enfermaria.

A criança estava internada desde o dia 31 de maio, quando sofreu queimaduras em aproximadamente 25% do corpo, além de apresentar complicações respiratórias provocadas pela inalação de fumaça. O estado de saúde é considerado delicado. A tentativa de extubação realizada no último dia 10 não teve sucesso, mas uma nova tentativa foi feita posteriormente e, desta vez, foi bem-sucedida. Além das queimaduras, a criança apresenta inalação de fumaça e edema no pescoço e na face, o que agrava o quadro respiratório.

O incêndio aconteceu no bairro Santa Clara, em Patos. Na tragédia, mãe e filha não resistiram aos ferimentos. Kelly Faustino, de 35 anos, professora, diretora de um curso de idiomas e recentemente aprovada em concurso público, morreu na última terça-feira (10), após 10 dias internada na UTI do mesmo hospital. Ela sofreu queimaduras graves em cerca de 65% do corpo, principalmente no rosto, pescoço e vias respiratórias.

De acordo com a médica cirurgiã plástica Isis Lacerda, Kelly apresentou agravamento no quadro clínico nas últimas 48 horas antes do óbito, com falência renal, febre alta, queda da pressão arterial e, por fim, uma parada cardíaca às 22h40. A equipe tentou reanimação, mas a morte foi confirmada às 23h por falência múltipla dos órgãos.

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A mãe de Kelly, Maria Faustino Lucena, de 58 anos, também não resistiu e faleceu no dia 5 de junho, dias após o incêndio.

A morte de Kelly gerou grande comoção na cidade de Patos. Alunos, amigos e colegas de trabalho prestaram diversas homenagens nas redes sociais, destacando sua dedicação à educação e sua trajetória de vida.

Com a melhora do bebê, a equipe médica agora concentra esforços no acompanhamento das lesões e no tratamento das vias aéreas. A criança seguirá internada na enfermaria do hospital, recebendo os cuidados necessários até a completa recuperação.