Eu vivi o apagão. Não foi teoria, não foi notícia de TV. Estava em Braga, Portugal, durante o lançamento dos meus livros Liberdade e Democracia, quando, subitamente, tudo escureceu. Dez horas de pane. Lojas fechadas. Restaurantes parados. Pessoas confusas. Pânico nos aeroportos. Um silêncio estranho, denso, como se algo estivesse prestes a acontecer… e ninguém soubesse o quê.
Mas será que ninguém realmente sabe?
Fala-se em tempestade geomagnética. Cientistas mostraram gráficos e tentaram acalmar a população. Mas quase ao mesmo tempo, o Pentágono denunciava: um satélite russo estaria desgovernado, carregando uma possível bomba de pulso eletromagnético. Uma arma capaz de desligar o mundo sem fazer barulho. Apagar sistemas. Roubar nossa comunicação. Nos lançar no escuro — literalmente.
Depois, veio o apagão na Indonésia. Cabos submarinos cortados. E seguimos. Seguimos como se nada estivesse acontecendo. Como se estivéssemos todos dopados, anestesiados. As pessoas não questionam. Não pensam. Não reagem.
Há algo de estranho. Muito estranho.
O que mais precisa acontecer para que os olhos se abram e os cérebros se ativem? O mundo está mudando, e talvez já estejamos no meio de uma guerra — uma guerra invisível, silenciosa, tecnológica. E, assustadoramente, eficaz.
Se o apagão que vivi na Europa foi apenas o começo, o que vem depois?
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