Vivemos em uma era onde tudo o que é novo é celebrado com fervor quase religioso. A tecnologia avança, as cidades crescem, o mundo gira mais rápido. Mas será que estamos realmente progredindo, ou apenas acelerando rumo ao desconhecido?
O progresso, em sua essência, deveria significar melhoria — qualidade de vida, respeito, dignidade, humanidade. No entanto, cada vez mais ele se parece com um rolo compressor que atropela tradições, silencia vozes ancestrais, banaliza os afetos e transforma tudo em dados, lucro ou performance.
O desconforto do progresso está em ver escolas ensinando obediência cega e não pensamento crítico. Está nas crianças que aprendem a clicar antes de aprender a sentir. No idoso descartado como obsoleto.
Na terra exaurida em nome de concreto e lucro. No silêncio de quem tem fé, mas não tem espaço para expressá-la.
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Nos vendem a ideia de que estamos evoluindo, mas ao custo de quê? Perdemos o tempo da contemplação, o valor da palavra empenhada, o direito ao erro. Progredir sem sabedoria é apenas mudar de forma, não de essência.
Precisamos nos perguntar: progresso para quem? E a que preço? Porque talvez, nessa corrida desenfreada, estejamos deixando para trás o mais valioso: nossa própria humanidade.
Tania Castelliano
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